Perspectivas são positivas, mas as incertezas podem impactar o cenário local
A CAIXA já liberou R$ 500 milhões para habitação em Pleotas e a nossa meta para 2024 é chegar em R$ 1bi. As declarações foram feitas pelo superintendente regional de Habitaçào da instituição financeira, Marcos Decezaro, durante o evento promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção e Mobiliário (Sinduscon) de Pelotas e Região na última quinta-feira (1º agosto), na 30ª Fenadoce. A atividade, que reuniu centenas de profissionais integrantes da cadeia produtiva do setor da construção, contou com o patrocínio da Mutua/RS.
Ao mostrar os números e tendências adotados pela instituição financeira na análise de créditos e financiamentos, o gestor declarou que a faixa mais financiada em Pelotas foi para imóveis entre R$ 150 mil e R$ 200mil para pessoas entre 26 e 35 anos. “Um público jovem, que busca o crédito para adquirir seu primeiro imóvel”, comentou.
Ao enaltecer a iniciativa do Sinduscon em promover o debate, O superintendente destacou a importância de dar seguimento às discussões com vistas à diminuição das burocracias e ao municiamento de informações aos profissionais que atuam no mercado para facilitar o acesso de novos financiamentos, com racionamento de prazos e eficiência nos encaminhamentos de documentações e demais exigências.
O presidente do Sinduscon/Pelotas, Marcos Fontoura apresentou números e tendências do setor. Ele disse que os construtores têm, em geral, bastante confiança no mercado local, o que gera uma expectativa positiva. “ Os dados apontam que mais da metade, 54,6% acreditam no desenvolvimento do setor, o que deve gerar novos investimentos para esse segundo semestre do ano”, disse.
O aumento da concessão de crédito imobiliário, de 75% em relação ao semestre de 2023, com R$ 67 bilhões financiando mais de 300 mil contratos alimenta a expectativa dos investidores, segundo Fontoura.
Com esse cenário, Pelotas pode esrar um aumento de obras, melhorando o ambiente de negócios, com diálogo maior entre público e privado. “O setor está mais unido e o incremento dos programas habitacionais também nos auxiliam”, comentou.
DESAFIOS – Uma das principais preocupações é com as eleições que podem desviar o foco das necessidades do setor. “Noosas obras e os empregos não podem esperar até janeiro do ano que vem. É um tema sensível e não podemos descuidar. A alta taxa de juros, insegurança jurídica por conta da reforma tributária e a falta de mão de obra qualificada ainda são pontos a superar.
A renovação da lei de habitação popular em Pelotas válida apenas até dezembro foi outro ponto destacado no evento. Essa lei é um direito para o contribuinte do primeiro omóvel pagar menos impostos. Ao legislativo que está aqui, fazemos um pedido para renovar de maneira definitiva esta lei, pois, a renovação anual acaba desgastando todo mundo”, disse
Ao manifestar-se, o vereador Paulo Coitinho (Cidadania), reconheceu que o tema merece avançar de forma mais fluida e sem tantas amarras. Prometeu empenhar-se no Legislativo para atender as demanadas.
A vice-ptresidente da AAEAP, Vivian Magalhões, salientou que o nível das construções com maior padrão se revela uma oportunidade crescente na cidade. Chamou a atenção para a falta de profissionais capacitados para atividades elementares, como pedreiros, carpinteiros, pintores e marceneiros.
O mediador Miguel Medica chamou atenção para o excesso de burocracias. “É preciso represar processos e planos do poder público”.
O presidente do Secovi Zona Sul, Sergio Cogoy, manifestou preocupação com o dinheiro circulante, sobremaneira as liberações da Caixa e de outros agentes financeiros. “Importante que esses recursos fiquem e circulem aqui dentro da nossa economia”.
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